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PERISCÓPIO DO PLANALTO: BOLSONARO NÃO É O QUE SOMOS, MOSTRAM PESQUISAS DO DATAFOLHA E DO PODERDATA/BAND


 

Rejeição ao Presidente da República bate recorde e chega a 54%

 

Negacionismo acelerou empilhamento de cadáveres e expôs incompetência criminosa do governo em lidar com uma das maiores tragédias humanitárias da história brasileira



A ciência médica é a única capaz de mostrar caminhos seguros para que o mundo vença a pandemia. Já a
  ciência estatística é a única com força numérica para evidenciar , com sua matemática irrefutável, que Bolsonaro e seus 30% de fanáticos ensandecidos não são o que somos. A maioria da população brasileira não se sente representada pelo Presidente da República. É o que mostra pesquisa do Datafolha divulga ontem, quarta-feira, 17 de março. O levantamento confirma, entre outros dados alarmantes para o Palácio do Planalto e seus planos para 2022,  que 54% dos brasileiros vêem a atuação de Jair Bolsonaro como ruim ou péssima na mesma semana em que o Presidente da República apresentou seu quarto ministro da Saúde. O instituto ouviu duas mil e vinte e três  pessoas nos dias 15 e 16 de março. Nada menos que 43% dos entrevistados consideram o presidente o principal culpado pela fase aguda da pandemia: colapso nacional do sistema de saúde e impressionantes 280 mil  mortos. Reduzido ao tamanho de sua base ideológica - formada por empresários,  cretinos armamentistas, militares e policiais  oportunistas, desonestos intelectuais, ex-jornalistas que se renderam ao conservadorismo reaça (Alexandre Garcia, Augusto Nunes e por aí vai) ; além de boçais, estúpidos, trogloditas e incultos e  ainda, destaque para os canastrões de cabelos brancos,   uma velharada ridícula (predominantemente masculina)  que frequenta o andar de cima da pirâmide social  enrolada na bandeira nacional pedindo o fechamento do Supremo e ameaçando  Lula de morte  – Bolsonaro é considerado, pela maioria dos brasileiros , incapaz de governar o país. Os números gritam em um momento que e o ex-presidente Lula volta ao jogo já aparecendo  na liderança das pesquisas e colocando em xeque a conversa mole de bolsonaristas  de que o ex-presidente seria o “adversário ideal” para o Capitão do Negacionismo. Só ingênuos e almas tolas acreditam no autoengano dos neandertais. Aliás ,  as pesquisas mostram também que a maioria dos apoiadores “incondicionais”   de Bolsonaro está no interior, nas pequenas cidades; o clássico matuto “conectado”  que perdeu a modéstia e  vive  orgulhoso, nas redes sociais,  da própria ignorância, replicando fake news com a mesma velocidade do sexo entre coelhos. A bem de toda verdade, tudo o que Bolsonaro não quer é enfrentar Lula no segundo turno. Aos números. Outra Pesquisa também divulgada ontem pelo “Poder Data/Band” (3.500 pessoas ouvidas  de 15 a 17 de março) mostra um cenário eleitoral que desnuda o “Efeito Orloff” sobre Bolsonaro. É como se Trump ligasse de Mar Del Lago , na Flórida; para Bolsonaro aqui em Brasília e o prevenisse: “eu sou você amanhã”. De acordo com o levantamento, Lula já lidera a corrida de 2022 com 34% das intenções de foto, contra 30% de Jair Bolsonaro. Depois aparecem, bem lá atrás, Sérgio Moro, o sebastianista sócio de Deltan na farsa bandida de Curitiba, com 6% ; Ciro com 5%; Luciano Huck com 4%, Dória com 3%, João Amoedo também com 3% e Mandetta com 2%. Brancos e nulos são 10% e 3% não sabem. Agora, a cereja do bolo indigesto para os maçarandubas: em um eventual segundo turno, tanto Lula quanto Ciro bateriam Bolsonaro. Lula 41%  x 36% d e Ciro 39% x 34%. Faz todo o sentido estatístico. O coveiro que já sepultou 285 mil brasileiros rindo da pandemia ,  não usando máscara, promovendo aglomerações e  prescrevendo placebos, só poderá contar com sua tropa de mulas num Brasil que vai muito além de seu curral. Conforme previsto pela coluna desde a eleição que colocou um impostor no Palácio do Planalto e fez brasileiros cafajestes – entre os quais, sempre repito, amigos “insuspeitos”  e familiares “amorosos” – ficarem atrevidos e   se apropriarem da bandeira nacional para cacarejar seu autoritarismo boçal, o mal não prevalecerá. A democracia, com todos os suas deficiências, ainda é, de longe, o melhor antídoto contra  canalhas golpistas. Certo está o youtuber Felipe Neto. Vítima de mais uma tentativa de silenciamento, Felipe, uma das vozes mais influentes do mundo segundo a prestigiada revista “Time”,  foi intimado a prestar depoimento à polícia depois de ter chamado Bolsonaro de “genocida”. De que outra forma, Felipe, eu, você ou qualquer brasileiro que não seja gado, deveria chamar Bolsonaro? De “colegão”? De “amigo do povo”? De “guerreiro”?  Se genocida “não é”, quem sabe empilhador de cadáveres?

 

 

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