Secretário Municipal de Saúde afirma “não ter vaidade” mas sua falsa modéstia grita no sentido contrário. “Eu fui o Patinho Feio da Secretaria da Saúde”, diz ele
Ana Inez convocou o filho de Seu Jorge Barbosa para uma “DR”. Afinal, por que ela não foi a primeira a saber que o marido quer ser prefeito?
“Eu ajudei o José na campanha dele, como presidente do PPS e depois Cidadania. Vejo que nós crescemos muito de 2016 pra cá. Hoje nós temos dois vereadores, um secretário...Não tenho ambição nenhuma...Não tenho pretensão....” . As palavras que você acaba de ler saíram dos lábios do Secretário Municipal de Saúde, Jorginho Uatanabi, em recente contato com a coluna. Quem sabe como funciona a política também sabe que ao falar de sua “despretensão”, Uatanabi quer, na verdade, dizer exatamente o contrário. A “despretensiosa” pretensão de Jorginho passou por um detector de mentiras muito mais eficiente que os melhores equipamentos israelenses do gênero. Sua esposa, a professora Ana Inez. Dona da ficha completa e secreta de Jorginho, Ana Inez não teria chamado o filho de Seu Jorge Barbosa para uma “DR” se a coisa não fosse séria. Jorginho, o “despretensioso”, admitiu para este colunista que Ana Inez o convocou para discutir a relação. Queria saber porque não foi a primeira a saber das pretensões “despretensiosas” do marido, já que a fofoca foi parar nas redes sociais por obra e mérito “da língua solta daquele jornalista de Brasília”. “Pianinho” – afinal, “quem tem esfíncter, tem medo”- Jorginho tentou explicar que “o Conrado estava exagerando”. “Ana, não é isso o que você está pensando”, tentou argumentar Jorginho com as calças na mão. O resto qualquer esposa que conhece os brios do marido já sabe. Jorginho não só quer como deseja ardentemente ser prefeito. “Eu fui o Patinho Feio da Secretaria de Saúde do José. Eu mesmo convidei duas pessoas para o cargo a pedido dele e como é uma pasta difícil para quem não tem culhão, para quem não tem coragem, eu acabei assumindo a missão dentro do projeto do prefeito, do que ele esperava de mim...”, também revelou Jorginho à coluna. Pergunto eu: depois deste segundo trecho da fala de Uatanabi você ainda precisa confirmar alguma coisa com a Ana Inez ou está claro que o homem já é o pré-candidato mais antecipado das eleições municipais de 2024? Quer mais? Pois então fique com esta. Lá pelas tantas da conversa com a coluna, Jorginho abre o coração: “pavio curto...fio desencapado...sim, mas também tenho uma qualidade muito grande: a lealdade. Além dela, os princípios que me unem ao José.....” . Só falta o palanque. O patinho feio quer mesmo se tornar um cisne. Há um credenciamento histórico sobre as qualificações do farmacêutico que quer dar as cartas no Paço Municipal. Jorginho é o típico filho bem formado da elite guairense que foi conterrâneo da juventude universitária de José Eduardo. Era da mesma turma de amigos de José Eduardo – não tão próximos mas jamais distantes - que se encontravam nos finais de semana depois de cada qual passar os “dias úteis” em suas respectivas “cidades de estudo”. José Eduardo em Jaboticabal, onde fazia Agronomia; e Jorginho, em Araras, onde cursava Farmácia. Uma turma que ainda tinha Adriano Junqueira, Gilsinho Carrara, Deise Tibana, Renato Talarico, Souza Neto entre outros nomes de famílias conhecidas da cidade. Jorginho sabe, é preciso reconhecer, o que é trabalhar duro. O pai, Jorge; e o tio, João (que já foi vereador e carregou a mesma Secretaria de Saúde nas costas na época em que Kito Pugliesi era o titular da pasta) ; sempre trabalharam além da conta como donos das farmácias mais tradicionais de Guaíra. Nunca houve para os Barbosa (Jorginho não levou o sobrenome mas é um Barbosa quase puro) tempo ruim para trabalhar. Quem já não foi “socorrido” por um deles em uma madrugada qualquer quando precisou de um remédio às pressas? Jorginho já é um dos secretários de Saúde mais longevos na história da pasta. A histórica reeleição de José Eduardo fez com que Jorginho permanecesse no cargo, mesmo enquanto aguarda o retorno do amigo às funções públicas. Edvaldo Morais, o prefeito interino, sabe que não teria outra opção melhor que o “Patinho Feio”. Se ele realmente, em 2024, depois de oito anos à frente da pasta mais problemática de qualquer governo, vai se transformar em um cisne de bela plumagem? Bem... vai depender de muita coisa. O apoio dos clubes de serviço e da maçonaria, como “irmão” que Jorginho é, provavelmente ele já tem. De amigos entusiasmados, também. Mas não é o suficiente. Há outras variáveis importantes que serão verificadas e construídas ao longo do tempo. E, claro e antes de mais nada, é preciso saber se a filha do saudoso Cuíca vai deixar...


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