Filho do vice-presidente triplica salário ao ser nomeado assessor especial da presidência do BB. É trigo puro
Jair sempre foi um visionário. Mais do que isso, sempre foi um oráculo que circulava, injustiçado pela indiferença dos do sempre, em meio à invisibilidade do baixo clero da Câmara dos Comuns. “Eu sou diferente...um dia vocês vão ver!” Estamos vendo, presidente. Estamos vendo. O trigo precisa de reconhecimento. Não é justo misturá-lo no mesmo saco do joio. É por isso e só por isso, que exemplos como a nomeação do filho do General Mourão, vice-presidente da República, para assessor especial da presidência do Banco do Brasil, causam tanto orgulho à causa da diferença. Antonio Rossell Mourão. Este é nome. Filho de Mourão Pai, ele agora vai ganhar três vezes mais - algo em torno de R$ 36 mil - como funcionário do BB que, “pirlimpimpim” , foi escolhido a dedo pelo novo presidente da instituição , para saltar do andar de baixo do funcionalismo do banco para o topo da torre dos vencimentos executivos. Empossado ontem, o presidente do BB , Rubem Novaes; confirmou hoje a escolha de Rossell. Saiu-se com essa: “o filho do vice-presidente foi escolhido em função de sua competência”. E concluiu: “o que é de se estranhar é que não tenha, no passado, alcançado postos mais destacados no Banco”. Talvez seja, dizem os maldosos, pelo fato de que até o ano passado, Rossell, o nomeado, não tinha o pai lotado na cadeira de vice-presidente da República. Pura maldade. Certo está Mourão Pai, reserva moral e militar do Governo Bolsonaro, ao comentar a inocente e desinteressada nomeação do filho. “Ele foi nomeado porque é funcionário da instituição há 19 anos e é qualificado. O resto é fofoca”. A gente sabe. É pura fofoca. É trigo puro.

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