CRÔNICAS DE ONDE EU VIM: O ACHISMO DE OPOSITORES É TÃO LETAL QUANTO O PRÓPRIO VÍRUS. E PORTANTO, DEVE SER COMBATIDO COM O MESMO EMPENHO DOS MÉDICOS E ENFERMEIROS QUE ARRISCAM SUAS VIDAS PELA VIDA DOS OUTROS
Em busca de holofotes, José Neto Pugliesi, vereador “calouro”, ataca profissionais de Saúde e espalha o pânico afirmando “achar” que na Santa Casa de Guaíra não estaria sendo feita a triagem de pacientes com COVID
O vereador José Neto Pugliesi, jovem assecla do ex-prefeito Aloízio Lelis Santana; o fóssil que anda, e representante, no parlamento, do candidato derrotado José Carlos Soares, notório colecionador de fracassos eleitorais; é tão experiente na política quanto um recruta que acaba de chegar ao quartel. Mal sabe engraxar o coturno mas já se considera, em flagrante vertigem de baixa altitude, um especialista da Organização Mundial da Saúde . É assim que o “Soares Boy”, na constrangedora tarefa de fazer de sua legislatura uma corneta dos patronos sem mandato , teve a ideia brilhante de afirmar que “acha” que a Santa Casa de Guaíra não está fazendo a triagem correta de pacientes com Covid e publicar a fake new nas redes sociais. O achismo do neófito em política que ainda tem um queijo, uma rapadura , um prato de leite e um naco de goiabada até conseguir angariar algum tipo de credibilidade ,é uma bofetada no trabalho incansável que médicos e enfermeiros vêm realizando, com mérito, há um ano, no hospital guairense. Talvez fosse melhor que o garoto entrasse dentro de um avental e , munido de óculos protetores e máscara N-95 (a mais indicada para ambientes hospitalares) passasse algumas madrugadas na triagem que diz não existir. “Corajoso” e “disposto” como é, “Soares Boy” poderia então, aferir, na própria pele, o que os profissionais de Saúde de Guaíra sentem na sua, incansavelmente, há quase quatrocentos dias ininterruptos, enquanto salvam vidas.
Para quem não sabe, em um passado não muito distante, antes de se render aos encantos de “Matusalém”, José Neto batia ponto em uma grande empresa instalada no município. Tudo ia bem até quando o menino, traído pela própria inexperiência e pelo primeiro episódio de suas vertigens de baixa altitude, falou asneiras em público. Dali para o olho da rua, foi um pulinho. Os anos que se passaram desde a experiência traumática parecem não ter sido suficientes para o infante aprender que em política quem tem pressa vai devagar. Com a vida das pessoas não se brinca. Muito menos se acha. Seria oportuno saber o que José Neto Pugliesi, que é empregado em uma escola pertencente à família de seu patrono, teria a dizer a pais de alunos que pagam mensalidades caras a partir da labuta na área de Saúde. Imagine um médico, enfermeiro ou mesmo funcionário administrativo da Santa Casa que tem filho matriculado em uma das unidades do Centro Educacional Ana Lelis Santana chamando Aloízio para um café. “Pô Doutor....estamos trabalhando como camelos há um ano, salvando vidas, vivendo dramas.....Colocando nossas vidas em risco pela vida dos outros e um funcionário do senhor tem o despropósito de atacar o que estamos fazendo com tanta entrega e dedicação?”. Certo e rápido – talvez em aquecimento para 2024 – agiu o Secretário de Saúde, Jorginho Uatanabi; conhecido pelo pavio curto. Uatanabi foi às redes sociais, o mesmo ringue escolhido pela “genialidade” de José Neto, para desmentir o “achismo” do Soares Boy e mostrar que a triagem está sim sendo feita; com trabalho, profissionalismo e , por que não dizer, heroísmo de médicos e enfermeiros. Se vale o conselho, o “Menino Maluquinho, embora ainda jovem, já não tem mais idade para ficar correndo por aí com a panela dos outros na cabeça. Se quiser chegar a algum lugar além do ridículo que acaba de passar, o vereador terá que se livrar aos poucos da sombra de JC Soares e do próprio Aloízio (sim, tumbas fazem sombra até sob o sol da meia noite). Talvez devesse se aconselhar não comigo mas com o ex-prefeito interino, ex-vereador e atual Secretário de Assistência Social, José Reinaldo dos Santos Júnior. Se não tivesse se livrado, anos atrás, do patronato de Aloízio, José Reinaldo não teria passado da condição de Papagaio do Faraó e jamais teria chegado à Presidência da Câmara e quiçá, ao comando, ainda que fugaz, do município. Política é feita de trabalho em grupo mas também de independência intelectual. Um dia o menino aprende.

Comentários